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Josimar Maranhãozinho enviou emendas rastreáveis para Pacovan cobrar de prefeituras, aponta PF

O deputado maranhense apresentou indicações ao Ministério da Saúde no governo de Jair Bolsonaro que pudessem ser identificadas e posteriormente cobradas pelo agiota.

Josimar Maranhãozinho enviou emendas rastreáveis para Pacovan cobrar de prefeituras, aponta PF
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A Polícia Federal rastreou conversas em que o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL), apresentou indicações ao Ministério da Saúde no governo Bolsonaro para que algumas de suas emendas parlamentares pudessem ser identificadas e posteriormente cobradas pelo agiota Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan, junto às prefeituras contempladas.

Em um dos diálogos em que O Globo teve acesso, o deputado afirmou ao agiota que indicava "valores quebrados", como as de valores entre R$ 1,048 milhão e R$ 4,123 milhões, o que facilitaria as cobranças de Pacovan. O agiota, que formalmente atuava como empresário de postos de combustíveis, ficou conhecido no Maranhão por emprestar dinheiro para candidatos a prefeituras em suas campanhas eleitorais, o que configurava caixa dois.

Nas mensagens entre Josimar e Pacovan, no entanto, o agiota compartilhou sua irritação diante do imbróglio com uma prefeitura para receber uma fatia da verba da Saúde. Nas conversas, o agiota afirma que esperava "R$ 1,6 milhão de devolução", e envia os contatos do prefeito e do secretário municipal de Saúde, pedindo a Josimar que o ajude a "esclarecer" a questão. 

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Troca de mensagens — Foto: Editoria de Arte

Ainda de acordo as investigações da PF envolvendo os deputados do PL mostrou que Pacovan também cobrava recursos públicos como forma de quitação de supostas dívidas. Em dezembro de 2019, no primeiro ano de Josimar como deputado federal, mensagens de WhatsApp mostram que o agiota foi informado sobre três repasses de verbas do Ministério da Saúde para auxiliar o custeio de unidades municipais, totalizando R$ 6,6 milhões

No processo de indicações de verbas da Saúde em dezembro, ainda segundo as mensagens obtidas pela PF, Josimar havia orientado o colega Pastor Gil (PL), a "deixar 1.048 para Ribamar", fazendo alusão a prefeitura de São José de Ribamar. No mesmo período, ele conversa com o deputado Bosco Costa (PL-SE), sobre alocação de recursos no mesmo município, embora o colega seja de outro estado e o orienta a resolver o assunto. Anotações encontradas com outros investigados vincularam Costa ao repasse de R$ 4,123 milhões e outros R$ 1,5 milhão, segundo a investigação, couberam ao próprio Josimar. 

 

Créditos (Imagem de capa): Foto Montagem: Divulgação/Lnove

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Willamy Figueira

Publicado por:

Willamy Figueira

Willamy nasceu em Imperatriz, tem 41 anos, é jornalista com DRT-MA 2298, atua na política maranhense e é publicitário.

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