O ministro da Justiça, Flávio Dino, foi pego em uma mentira durante sua declaração na sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), na última terça-feira (28), onde na ocasião ao ser perguntado aonde o ministro estava durante os ataques antidemocráticos do dia 08 de janeiro em Brasília, Dino chamou de "versões fantasiosas" ao afirmarem que ele estava no Ministério da Justiça.
Porém no dia dos ataques as sedes dos três poderes no dia 08 de janeiro, mais precisamente às 15h43, o ministro fez uma publicação no Twitter em que ele próprio disse que estava no DF, na sede do Ministério que ele chefia.
Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça.
Publicidade— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) January 8, 2023
Dino não estava no ministério em que comanda, como também sabia dos ataques, com entecendencia, segundo um oficio assinado - VEJA AQUI - pelo delegado Andrei Augusto Passos de Rodrigues, diretor-geral da PF, endereçado ao ministro. O documento foi exposto ao público pelo deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que na audiência da CCJ, o deputado confrontou Dino a respeito que o ministro foi ou não avisado dos ataques antidemocráticos.
Segundo o documento, Rodrigues alertou ao ministro sobre "ações hostis e danos" contra os prédios dos ministérios, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e, possivelmente, de outros órgãos, como o Tribunal Superior Eleitoral.
Não sobra dúvidas que Flávio Dino sabia de tudo, como também estava de corpo presente no Ministério da Justiça no dia dos ataques aos três poderes pelos vândalos, porém o que Kim Kataguiri aponta, é que Dino ao saber e não fazer nada, ele poderá responder pelo crime de responsabilidade, já apresentado na Justiça pelo deputado.
Créditos (Imagem de capa): Foto: Divulgação/Bruno Spada - Câmara dos Deputados